O tratamento de câncer pode envolver radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e alguns tipos de cirurgia. Há variações dessas opções, como a braquiterapia, que vem sendo utilizada em alguns tipos de câncer. A braquiterapia de próstata, por exemplo, já é indicada para pacientes com a doença em estágio inicial. Saiba um pouco mais sobre o tratamento e sobre a cobertura do plano de saúde!
Braquiterapia
Braquiterapia é um tipo de radioterapia interna. É um procedimento não-cirúrgico que consiste em inserir o material radioativo dentro do órgão a ser tratado ou próximo a ele, o que ocorre por meio de cateteres ou sondas.
Como a fonte de radiação é colocada próxima ao tumor ou dentro dele, os tecidos saudáveis adjacentes não são atingidos, o que leva a menos complicações no tratamento. Outra vantagem em relação à radioterapia externa é que ela requer menos sessões de tratamento. Além disso, a braquiterapia pode ser realizada em ambulatório.
Existem dois tipos de braquiterapia:
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Alta taxa de dose (HDR): uma única fonte de radiação de alta dose é colocada ao lado ou dentro do tumor por curto período de tempo (minutos) por meio de cateteres ou agulhas. A braquiterapia de próstata pode ser feita dessa forma, assim como o tratamento de câncer de mama, de pulmão e outros.
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Baixa taxa de dose: as fontes radioativas são inseridas no interior do tumor de forma permanente, e o nível de radiação diminui gradativamente ao longo do tempo. Este tipo é utilizada principalmente no tratamento do câncer de próstata, onde se inserem pequenas sementes radioativas.
Braquiterapia de próstata
A braquiterapia de próstata é uma alternativa eficiente à cirurgia. Isso porque entre 70% e 90% dos pacientes que se submetem a procedimento cirúrgico ficam impotentes, podendo também provocar incontinência urinária. Na braquiterapia, esse número cai para 15% a 25%.
De acordo com Maria Elisa Rostelato, doutora em ciências, física e pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) sobre o uso da braquiterapia no tratamento do câncer de próstata, no Brasil, a braquiterapia de próstata é feita com a implantação de sementes de iodo-125 entre o escroto e o reto. O procedimento é guiado por ultrassom, aplicado com agulhas ou aplicador, não havendo necessidade de se fazer incisões no paciente.
As sementes são implantes permanentes, e o iodo-125 tem uma meia vida de 59,4 dias (2 meses). Após 60 dias, a radiação cai pela metade e, após mais 2 meses, pela metade da metade.
Cobertura do plano de saúde
Você sabia que o câncer é uma doença de cobertura obrigatória pelos planos de saúde? Isso significa que qualquer tratamento prescrito pelo médico para a doença deve ser custeado, independentemente de ele estar inserido no rol da ANS (lista de procedimentos de cobertura obrigatória pelo plano de saúde).
A braquiterapia de próstata, por exemplo, deve ser coberta se o médico prescrever tal tratamento para seu paciente. Somente o profissional pode delimitar os procedimentos de saúde a serem feitos, não o plano. O que deve ser observado, porém, é o tipo de plano contratado pelo paciente.
(Veja outros direitos que você não sabia que tinha, com indenizações de R$ 5 mil a R$ 10 mil)
Plano contratado
Pode ocorrer exclusão de cobertura da braquiterapia de próstata dependendo do tipo de plano contratado pelo paciente. Os planos podem ser hospitalar ou ambulatorial ou ambos.
O plano hospitalar envolve internação e procedimentos realizados durante ela. O plano ambulatorial inclui exames, consultas médicas e procedimentos sem internação, como quimioterapia ou radioterapia feitas em ambulatório. A braquiterapia de próstata é, geralmente, feita em ambulatório.
Boa parte dos planos são ambulatoriais e hospitalares. Nestes casos, bastaria a prescrição médica para que a cobertura pelo plano de saúde fosse obrigatória.
Em suma, se o médico prescrever a braquiterapia de próstata para seu paciente, e o plano contratado for, ao menos, ambulatorial, a cobertura pelo plano de saúde é obrigatória. Quer saber mais como funciona a cobertura pelos planos de saúde? Leia no blog!
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Advogado inscrito na OAB/SP
Diretor-adjunto da Comissão de Direito Administrativo – OAB/SP
Membro da Comissão de Direito Urbanístico – OAB/SP
Membro do IBRADEMP (2012/2013)
Direito Tributário – Fundação Getúlio Vargas – FGV/SP
Vice-Presidente da Associação Brasileira de Defesa dos Desapropriados
Master in Business Management – Fundação Getúlio Vargas – FGV/SP
Entrepreneurship Program – Babson College, Boston, Estados Unidos
Escritor no blog Transformação Digital
Vencedor do prêmio ANCEC – Referência Nacional pela Inovação no Atendimento Online e Rápido
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