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A crise acertou o mercado de trabalho em cheio. De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), até o fim de 2017, o desemprego entre jovens no Brasil atingirá 30%, maior taxa desde 1991.

A situação não está muito diferente em outras faixas etárias, já que a taxa de desemprego geral é de 12,6%. Com a ausência dos postos de trabalhos, muitas pessoas estão com a situação financeira delicada.

Para ajudar a aliviar o fato, separamos algumas dicas que podem ajudá-lo a não deixar a crise afetar sua situação financeira. Acompanhe.

Invista em educação financeira

Pouca gente sabe, mas um dos motivos da conta no fim do mês estar sempre apertada – ou negativa – é a falta de habilidade para fazer uma boa gestão das finanças. No momento de crise, educar-se é uma forma de cuidar da sua situação financeira.

E não pense que é preciso investir dinheiro para isso. Há muitos blogs e canais no YouTube que abordam o tema. O próprio Banco Central possui um curso de Cidadania Financeira gratuito. Que tal aproveitar o tempo livre para realizá-lo?

Considere uma mudança no estilo de vida

Lembra-se da época em que o consumidor possuía um bom poder de compra? Infelizmente, ela passou, e todos nós tivemos que nos adequar à nova realidade. Para alguém que está desempregado, a crise afeta ainda mais a situação financeira.

Para se manter responsável com as finanças nessa época, uma pessoa deve considerar uma mudança no estilo de vida, que era adotado enquanto trabalhava. Sem a remuneração proveniente do emprego, é preciso cortar o supérfluo e diminuir onde puder o necessário.

Se você gostava de sair com a família ou com os amigos uma vez por semana, não precisa ficar em casa somente. Você pode adotar programas alternativos, gratuitos, ou diminuir o número de saídas. Assim, a crise não afetará tanto sua situação financeira.

Cuidado com o cartão de crédito na crise

Se antes o cartão de crédito era um aliado para as compras do supermercado e para as saídas noturnas, agora, na condição de desempregado, ele pode agravar sua situação financeira. O seguro-desemprego, caso receba, não possui um valor que atende todas as necessidades pessoais. Ele jamais conseguirá suportar as faturas de cartão.

É importante destacar que as taxas de juros e a multa para quem atrasa o pagamento da fatura é altíssima. No momento de crise financeira, isso pode afetar bastante seu orçamento.

Conheça seus direitos

Nos últimos meses, o número de desempregados cresceu muito. Como estamos diante de uma forte crise financeira, é pouco provável que a demissão tenha se dado por desejo do empregado.

Então, considerando que a dispensa partiu do patrão e que boa parte dos casos se configura como demissão sem justa causa, o desempregado deve conhecer seus direitos para verificar se eles foram respeitados.

Não custa lembrar que, ao ser demitido sem justa causa, o empregado tem direito a saldo de salário, férias vencidas ou proporcionais, com adicional de 1/3, 13º salário proporcional, aviso prévio, multa do FGTS e seguro desemprego.

Além do desrespeito às verbas trabalhistas rescisórias, é muito comum vermos a ausência de pagamento de horas-extras e de adicionais, de reconhecimento de vínculo trabalhista, de salários equiparados e muito mais. Sem contar os casos de assédio moral no trabalho.

Se o desempregado perceber que uma dessas situações ocorreu durante seu contrato de trabalho, deve buscar a reparação pela violação de seus direitos na Justiça do Trabalho. É possível entrar com uma ação contra o empregador até 2 anos após o fim do vínculo, sendo permitido pedir indenização pelos últimos 5 anos trabalhados.

Entretanto, vale frisar que o auxílio de um advogado é muito importante para verificar se há ou não o direito. A Justiça do Trabalho não é uma fonte de renda, mas uma garantidora dos direitos trabalhistas.

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Giancarlo Salem